Dedo em riste

"Sexo verbal, não faz meu estilo

Palavras são erros,e os erros são seus...

Não quero lembrar, que eu erro também.


Um dia pretendo tentar descobrir,

Porque é mais forte, quem sabe mentir...

Não quero lembrar, Que eu minto também..."

Renato Russo



Ok! Não costumo colocar músicas seculares no blog, mas tenho refletido muito sobre algumas. Tenho refletido em uma sociedade que classificado tudo, generalizando e jugando de acordo com os seus padrões mais adequados.

Partindo das músicas: Se é "gospel" pode (idenpendente se o que ela fala seja verdade bíblica ou heresia) e se é secular não pode (ainda que fale de verdades de uma sociedade ou de pensamentos altamente cristãos).

Essa letra contexta exatamente isso, o quanto é fácil apontar os erros dos outros para esquecermos dos nossos próprios erros. A hipocrisia sempre e ao mesmo tempo nunca esteve tão criticada, mas ao mesmo tempo tão vivida. John Burke usa uma frase que exemplifica muito isso.

"Muitos ainda precisam entender que todo mundo é hipócrita até certo ponto. A única questão é se percebemos e somos honestos quanto a isso."


Os não Cristãos criticam os cristãos por serem religiosos, por pregarem amor e não viver. Os Cristãos criticam os incrédulos por não terem um Deus e não viverem uma vida baseada na santidade. Os evangélicos criticam os católicos, por serem adoradores de imagens e dogmáticos. Os católicos criticam os evangélicos, por serem fanáticos e só pensarem em dinheiro. Por sua vez, os evangélicos tradicionais criticam os pentecostais por serem emocionais e por não praticarem a ordem no culto. Já os pentecostais criticam os tradicionais por serem racionais demais não darem espaço ao Espírito Santo. Os das igrejas com doutrinas rígidas criticam a igreja chamada emergente por não fazerem diferença no mundo e por adotarem práticas e vestimentas malíguínas que "não convém" a um crente. Já os das igrejas emergentes criticam aos de doutrinas mais rígidas, condenando-os por não contextualizarem o evangelho e por não fazer o papel de Cristo em andar com pecadores e amá-los.

Nas igrejas os grupinhos também fazem suas concepções. Os que tem uma vida constante de leitura e consagração criticam os que não têm por serem relaxados e carnais. Os que são menos disciplinados na busca cristã criticam o outro grupo por quererem ser "santos demais" e não aproveitar a vida. Os que buscam os frutos do Espírito não dão muita importância aos dons e criticam os que dão demasiada importância a eles. Já os que buscam os dons esquecem completamente que a árvore se conhece pelo fruto, e menosprezam os que fazem deles algo tão importante. Os que têm uma situação social mais elevada criticam os que não tem por usarem roupas fora da moda e sem ser de marcas e por só quererem frequentar locais de má qualidade. Os que nãõ podem bancar a vida social como a dos outros criticam estes de serem elitistas e de selecionarem suas amizades de acordo com classe social...

Bem e por aí vaí.. ainda poderia falar de homens X mulheres, namoros X corte, Jovens X Pais, Adoração X Pagode e etc, etc, etc. O que temos vivido mesmo é uma sequencia de divisões acompanhada de julgamentos. Quando paro pra abservar vejo que cada um desses argumentos tem a sua causa de verdade, cada lado erra sim em algum ponto de vista, mas isso não leva a crer que eu não erro em outro.

Minha intenção hoje não é defender o que está errado, mas fazer nós olharmos pra nós mesmos e vermos que nenhum de nós é completamente certo, por isso devemos olhar para o nosso próprio umbigo antes de usarmos nossas palavras somente para criticar.

Devemos entender que só houve um Perfeito, só Ele poderia realmente nos apontar sem nenhuma mancha que o acusasse, mas ainda assim Ele não fez.

E o maior exemplo de todos ainda nos deixou um recado:

"Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.

Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo. E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.

E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão."

Lc 6: 36-42

Creça, reconheça e se cale antes de ser o dono da verdade.
Jaqueline Graziela

Um buraco em Nossa Santidade

Tenho uma preocupação crescente de que os evangélicos mais jovens não levem a sério o chamado bíblico para a santidade pessoal. Eles estão muito tranquilos com o mundanismo em seus lares, muito descansados com o pecado em suas vidas, muito satisfeitos com a imaturidade espiritual de nossas igrejas. A missão de Deus no mundo é salvar um povo e santificar seu povo. Cristo morreu “para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15). Fomos escolhidos em Cristo “antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1.4). Cristo “amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27). Cristo “deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).

J.C. Ryle, o Bispo de Liverpool do século XIX, estava certo: “Devemos ser santos, pois esse é o grande fim e propósito pelo qual Cristo veio ao mundo… Jesus é um Salvador completo. Ele não tira meramente a culpa do pecado de um pecador, Ele faz mais – Ele destrói seu poder (1 Pe 1.2; Rm 8.29; Ef 1.4; 2 Tm 1.9; Hb 12.10)”. Meu medo é que, enquanto corretamente celebramos, e em alguns lugares redescobrimos, do que Cristo nos salvou, reflitamos pouco e nos esforcemos pouco em relação a para que Cristo nos salvou. A busca da santidade não ocupa o espaço que deveria em nossos corações. Existem muitas razães para a relativa negligência da santidade pessoal.
Jesus é um Salvador completo. Ele não tira meramente a culpa do pecado. Ele faz mais – Ele destrói seu poder.

1) No passado, era muito comum igualar santidade com abster-se de algumas práticas tabus como beber, fumar e dançar. Em uma geração anterior, piedade significava que você não praticasse essas coisas. Gerações mais novas tem pouca paciência com esse tipo de regras. Eles ou discordam dessas regras ou descobrem que já têm todas as justificativas, logo não há nada para se preocupar.

2) Junto com a primeira razão há o medo de que a paixão pela santidade transforme você em um tipo de resquício estranho de uma era passada. Logo que se começa a falar sobre palavrão ou filmes ou música ou modéstia ou pureza sexual ou autocontrole ou simplesmente piedade, as pessoas ficarão nervosas, tememos que outros nos chamem de legalista, ou pior, de fundamentalista.

3) Vivemos numa cultura do legal, e ser legal significa que você deve se diferenciar dos outros. Isso geralmente significa ir mais além em relação ao vocabulário, ao entretenimento, ao álcool, e à moda. É claro, santidade é muito mais que essas coisas, porém, num esforço de ser cool muitos cristãos descobriram que santidade não tem nada a ver com essas coisas. Eles aceitaram voluntariamente a liberdade cristã, mas não têm buscado sinceramente a virtude cristã.

4) Entre muitos cristãos liberais, uma busca radical pela santidade é frequentemente suspeita, porque qualquer conversa de comportamento certo ou errado parece farisaico e intolerante. Se devemos ser “irrepreensíveis e sem mácula”, é necessário distinguir entre os tipos de atitudes, ações e hábitos que são puros e os tipos que são impuros. Esse tipo de distinção te coloca em problemas com os fiscais do pluralismo.

5) Entre os cristãos conservadores, existe às vezes a noção errônea de que, se somos verdadeiramente centrados no Evangelho, não falaremos sobre regras ou imperativos ou exortaremos cristãos ao esforço moral. Para ser claro, existe um risco de ensino moralista por aí, mas algumas vezes, vamos ao outro extremo e agimos como se a Bíblia não falasse sobre moral. Estamos tão ansiosos em não confundir indicativos com imperativos (um argumento que defendi várias vezes) que, se não formos cuidadosos, nos livraremos de todos os imperativos. Tememos palavras como diligência, esforço e obediência. Diminuímos versos que nos chamam a por em ação a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12) ou nos ordenam a nos purificar de tudo o que contamina o corpo e o espírito (2 Co 7.1) ou nos advertem mesmo contra qualquer menção de imoralidade entre os santos (Ef 5.3). Descubro que você pode encontrar muitos jovens cristãos hoje que estão realmente empolgados em relação à justiça e serviço a nossas comunidades. Você pode encontrar cristãos inflamados quanto ao evangelismo. Você encontra muitos crentes das gerações XYZ apaixonados por uma teologia precisa. Sim e Amém para tudo isso. Mas onde estão os cristãos conhecidos por seu zelo pela santidade? Onde está a paixão correspondente por honrar a Cristo com uma obediência semelhante à Cristo? Precisamos de mais líderes cristãos em nossos campi, em nossas cidades, em nossos seminários, que dirão com Paulo: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem” (Efésios 5.15)?

Qual foi a última vez que tomamos um verso como Efésios 5.4 – “Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças” – qual a última vez que pegamos um verso como esse e começamos a tentar aplicá-lo a nossas conversas, piadas, filmes, vídeos do Youtube, televisão ou compras? O fato é que se você ler as epístolas do Novo Testamento você encontrará poucos mandamentos explícitos para que evangelizemos e muitos poucos mandamentos que nos dizem para cuidarmos dos pobres em nossas comunidades, mas existem muitos e muitos versos no Novo Testamento que nos instruem, de uma forma ou outra, a ser santos como Deus é santo (por exemplo, 1 Pedro 1.13-16).

Não desejo denegrir qualquer outra ênfase bíblica que chama a atenção dos jovens evangélicos. Mas creio que Deus gostaria que fôssemos mais cuidadosos com nossos olhos, nossos ouvidos e nossa boca. Não é pietismo, legalismo, ou fundamentalismo levar a santidade a sério. É o caminho de todos aqueles que foram chamados para uma santa vocação por um Deus santo.


Números ou nomes?


Você já se pegou sorrindo, chorando ou sentindo muita saudade de pessoas e momentos que viveu?
Tenho refletido um pouco sobre isso, sobre coisas que ficam guardadas na memória, sobre momentos que nos marcam e sobre atitudes que nos fazem deixar marcas nos outros.
Durante um período de reflexão, tenho pensado cada vez mais o quanto a qualidade é inversamente proporcional a quantidade desses momentos. Sim, pois quando passamos pela vida com o simples objetivo de querer mais (me refiro a mais diversão, mais relacionamentos, mais amigos, mais empregos, mais gratificações e mais coisas em que os “hóspedes” dessa vida nos dizem ser essencial para “aproveitá-la”) mais acabamos passando por elas sem dar o nosso melhor, sem ter o melhor delas e sem receber o melhor do outro, pelo simples fato de estar mais preocupados com a próxima conquista.
Nesse tempo me peguei pensando em pessoas que deixaram marcas na minha vida, (e dedico esse post a elas, sem citar nomes para não esquecer nenhum, mas a maioria sabem quem são) pessoas que fizeram talvez coisas simples como tantas outras, mas a diferença não está no que elas fizeram, mas como elas fizeram, investindo e dando o melhor de si em cada situação, esse algo ficou marcado em mim. Me peguei pensando que o que deixa marcas em nós não é o que elas fazem, ou o que nós fazemos, mas o quanto nos damos e o quanto trazemos desses momentos.

Na verdade não são quantas festas você foi que vai marcar, e sim a festa que foi diferente de todas as outras.
Não são quantos trabalhos você fez, mas aquele em que você perdeu dias e noites se dedicando.
Não é quanto você gastou na vida, mas o que você adquiriu com esse dinheiro.
Não são quantos beijos você deu, mas aquele que você realmente sabia que estava sendo Especial, pois era valorizado por quem estava recebendo.
Não são quantos finais de semana que você curtiu com a galera, mas aquele em que você olhou para seus companheiros e viu que não era o local, mas a companhia deles que fazia diferença.
Não são quantas experiências novas você curtiu, mas quais delas fizeram de você alguém novo.
Não são quantos abraços você deu, mas aquele que você recebeu que lhe acalmou a alma, ou que deu em alguém que só tinha ele como o porto seguro.
Não são quantos amigos você teve, mas são aqueles que estiveram do seu lado quando parecia que você não tinha mais nenhum.
Não são quantos conselhos você deu ou recebeu, mas o que eles produziram nas pessoas e em você.
Não são quantas lágrimas você derramou, mas o que elas trouxeram de aprendizado.
Não é quanto tempo da sua vida você sorriu, mas é aquele momento em que você não tinha nenhum motivo mas você entendeu que Deus piscou o olho pra você, e disse que tudo iria dar certo.Esse post não foi feito para ter um fim aqui, pois não são a quantidade de reflexões que você leu, mas quais delas lhe fizeram realmente refletir.
Essa é minha intenção, que nesse mundo de quantidades você comece a prestar a atenção na qualidade, que se lembre das marcas que possui e que pense em quais marcas tem deixado nos outros, ou até mesmo se tem deixado alguma.
Sua vida é um livro em branco, e aí, Vai escrevê-lo com nomes ou com números?
Jaqueline Graziela

Há Esperança


O que esperamos de um novo ano? A maioria de nós espera sempre o melhor, mas isso tem se tornado cada dia mais raro.
Nossos dias têm sido marcados por acidentes, desastres, violência, falta de respeito e amor ao próximo... Falta de valores! Ter esperança tem sido sinônimo de ser utópico, acreditar no impossível, coisa de sonhadores. Mas sem ela, em que acreditar? Sem a fé que nos agarra na possibilidade de dias melhores como sobreviver?

Mais um ano se inicia, e o melhor presente que nós temos a lhe oferecer hoje é a Esperança. Uma palavra simples, que traduz um sentimento que poderia ser tratado como uma âncora, nos impedindo de naufragar em um mar de desespero.
Em um gesto de respeito, no cuidado de um órfão, no resgate de acidentados ou em uma demonstração de carinho... SIM, Há Esperança! Há Esperança se acreditarmos que nós somos responsáveis por muitos desses atos, que “gentileza gera gentileza” e que “amar ao próximo como a si mesmo” é um mandamento eficiente nessa conquista.

Há esperança principalmente quando acreditamos que nossa vida não se resume ao que vemos, que independente das mazelas deste século existe um Deus que enviou o seu filho para morrer por nós um dia, e que essa morte nos trouxe a maior de todas as Esperanças: a Vida Eterna!

Este ano eu te convido a acreditar, ainda que seja impossível ver, isso se chama: Esperança!


“Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo? Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente.”
Rm 8:24,25
Jaqueline Graziela

Fora da Caixinha



Eu quero amar a Deus fora da caixinha.
Fora da caixinha instituição. Fora da caixinha teórica. Fora da caixinha de achismos, quilômetros fora da caixinha legalista.


Se as pessoas o fazem no domingo eu quero começar a me arrepender na sexta e na segunda conseguir tirar meu extrato do banco e agradecer, sincera, por não ser escrava do dinheiro. Ainda na quarta-feira vou acordar com o frescor da misericórdia pulsando no céu da boca. E no sábado, na esquina da frustração, vou dar meia volta, pular o meio fio e cair de joelhos na frente de um trono onde eu encontro curativo, abraço, e graça, em tempo oportuno… seja esse tempo outono, verão, segunda ou sábado.

Se todo mundo faz questão de divulgar / RT suas boas obras pra receber a recompensa terrena da admiração dos homens, eu quero fazer escondida, pra só Deus ver. Pra então só Ele me recompensar, do jeito dEle, quando Ele quiser. Porque bons amigos mantém segredos.
Eu quero viver o amor de Deus fora da caixinha.


Se todo mundo ainda encara os cultos na igreja como um ritual, ou pior que isso, como um encontro social, eu quero andar como quem sabe que o véu foi rasgado e ir adorar a Deus com o meu melhor sorriso, celebrar a salvação, encher a boca do pão da Palavra e confessar de boca cheia que não tenho feito o suficiente para que meus irmãos não morram tanto de desnutrição. A pior desnutrição. A de amor.


Quero ser hoje melhor que ontem, melhor pra Deus e não melhor que meu irmão. Quero deixar o Espírito Santo me tornar sensível a ponto de enxergar a necessidade do meu próximo, e ajudá-lo ainda que ele não seja meu amigo íntimo.
Quando eu sentir vontade de chorar, além de deixar as lágrimas saírem sem culpa, também o farei com minhas palavras, sabendo que o meu Deus me entende, porque em Jesus Ele não veio ser crente. Veio ser humano.

A inspiração do Espírito vai tocar os meus cabelos junto com o vento, na fila do super mercado. Eu vou pegar uma caneta na bolsa e, mesmo sem entender tudo, vou anotar as palavras até então desconexas, no meu bloquinho amarelo. Junto com o troco vou sentir vontade de entregar pra atendente de caixa a minha anotação no papelzinho amarelo. Quando eu puxar o papel e ele se soltar da espiral, uma mágoa também vai se desprender de uma vez do coração da moça e naquela noite ela vai dormir sabendo que Jesus, criativo que só, ainda quer usar os tijolos pesados do seu passado, como degrau pra ela chegar mais rápido perto dEle.

No fim do dia, vou respirar fundo debaixo do chuveiro e sorrir. Vou sentir cada bolha no meu pé e dar uma gargalhada leve como inocência de criança. Vou deixar a água escorrer e fazer graça da casca graciosa que meu Pai emprestou pra alma morar. A condenação está indo pelo ralo e nos meus pulmões está entrando a alegria. Aquela que começa a nascer devagarzinho e cresce como um tornado. Aquela que só acontece quando consideramos a suficiência de Cristo.
Eu quero amar a Deus fora da caixinha e caminhar como quem acredita que Ele jamais, JAMAIS caberia ou se manifestaria de verdade dentro de caixas com dimensões programadas por alguém falível e pequeno como eu. Eu quero amar a Deus.


“Deus purificará a nossa consciência de obras mortas, pra servirmos ao Deus vivo!” Hb 9:14b

Pedro tu me amas??

“PEDRO, TU ME AMAS?”

Pedro havia negado Jesus três vezes...
No entanto, para Jesus, a questão daquela manhã de sol nascente das alturas na quieta praia de Tiberíades era apenas uma: “Tu me amas?”
Até na hora de lidar com a negação e com a traição, Jesus é completamente diferente de tudo e todos, e completamente coerente com Seu próprio Ser-Ensino. O Verbo se fez carne, por isso o Ser-Ensino de Jesus são um.

O que diriam as nossas lógicas de amor?
  • “Se ele amasse, jamais teria feito o que fez” — e, assim, se atribui impecabilidade ao amor humano.
  • “Ama, mas não tem raízes em si mesmo” — diria a sofisticação psicológica.
  • “É egoísta demais para amar” — diria uma voz moral piedosa e certa.
  • É cedo demais para perdoar você. O que fazes aqui entre os outros?” — diria o Mestre das Disciplinas.
  • “Nunca mais será a mesma coisa. Como poderei confiar em você outra vez?” — diria a razão mais humana e ressentida.
  • "Pode ser que ainda dê, um dia... quem sabe? Mas você terá que fazer um longo caminho de volta!” — diria um piedoso e quase esperançoso pastor de almas.
  • “Já que você insiste, verei do que você é feito. Colocarei um diretor espiritual para supervisionar você” — diria um ser crente na fabricação de caráter e de fidelidade.
  • “Sinto muito, Pedro, mas já não é possível. Você jogou fora a sua chance, embora eu o tenha advertido várias vezes” — diria a razão fria e justa.
  • “Você está perdoado, sem ressentimentos, vá em paz; pois não há mais clima para a gente prosseguir” — diria o melhor dos homens.
  • “Logo você, em quem tanto confiei! Como pode fazer isso? Explique-me suas razões” — diria o bondoso justo.
  • “Meu Deus! E pensar que amei tanto você. Eu sou um santo idiota mesmo!” — diria um Deus com alma de esposa ou de marido.

No entanto, Jesus apenas pergunta: “Tu me amas?”


E com isso Ele admite que o amor humano peca, trai, nega, se engana, enfraquece, pode ser egoísta, é capaz do impensável, é passível de repetir o mesmo erro, não apenas três vezes, mas até setenta vezes sete.
Jesus não estava buscando perfeição, mas apenas um amor que pudesse ser aperfeiçoado no próprio amor... no Caminho.“Tu me amas?” — pergunta Ele três vezes.

Ao que Pedro responde, dizendo, humilhadamente, um “sim” cheio de vergonha, e até se sentindo um sem caráter por ainda ter a coragem de confessar amor tendo negado.
Pedro diz “sim, sim, sim”... mas não o faz sem a angústia de quem não quer ser visto como cínico!
Pedro ama. Ama com amor que é dele, com o amor que lutava para ser amor no chão raso de sua alma. Mas era amor, e isso ele não podia negar. Ele admitia que negara Jesus, só não podia admitir que não amava Jesus.

Jesus sabe que às vezes se ama apesar de...
Jesus sabe que o único amor que ama sem nenhum apesar de... é o Seu próprio amor, de mais ninguém.
Jesus ama os nossos amores, apesar de... Pois Ele sabe que quem não ama apesar de... esse deve se oferecer para ser o Salvador dos homens.
“Tu me amas?”
Pedro não tem mais o que dizer. Provar amor? Meu Deus! Levaria o resto de sua vida, e teria que demonstrar isso não apenas com ações, nem com palavras apenas, e, se fosse o caso, deveria provar tal amor com dores de alma até a morte.
Pedro não tem meios de provar nada. Não tem o poder de reverter quadros e nem de apagar memórias. E também não suportaria ficar gemendo o resto da vida num canto de sua casa a fim de provar a Jesus que o amava apesar de...
Provar que se ama pode ser o inferno!
Pedro está perdido. Quem o ajudará? Quem testemunhará em seu favor? Quem terá garantias a oferecer em seu nome? Quem seria o fiador de seu fracassado amor?
A esperança de Pedro quanto a provar a Jesus que ele O amava era o próprio Jesus.
“Senhor, Tu sabes todas as coisas... e se as sabes, certamente Tu sabes que eu Te amo!”
Assim, Pedro não tem argumentos, nem explicações, nem mesmo se oferece para padecer como prova eterna de seu amor... no inferno do amor...
Pedro não quer o inferno do amor... ele quer ser salvo do inferno de sua alma pelo amor... e só Jesus poderia fazer isso, pois somente Jesus sabia o que existia no coração dele.
Assim, ele está tão certo de sua total incapacidade de vencer os fatos esmagadores com argumentos ou mesmo com penitências, que ele apenas recorre a uma certeza: Jesus conhece meu coração!
“Senhor, Tu sabes todas as coisas; Tu sabes que eu Te amo!”
Chega uma hora quando todos os argumentos cessam, quando não há explicações a serem dadas, quando toda fala é cinismo, quando todo gesto parece compensatório e auto-justificató rio, e quando toda e qualquer promessa de fidelidade e lealdade apenas cerram sobre a alma a porta da masmorra das infindáveis penitências.
Pedro amava, mas não queria que seu amor fosse sepultado vivo na morte!
A resposta de Jesus é de confiança!
Sim, Ele sabe que Pedro O ama apesar de Pedro, de seu egoísmo, de sua vacilação, de sua pusilanimidade, de seus ímpetos inconseqüentes, de suas coragens pouco resistentes, de seus vícios de fuga...
“Pastoreia as minhas ovelhas... os meus cordeirinhos. .. esse povo que me ama como tu... que ama e que trai... Tu, que agora sabes quem és, pastoreia nesse amor esses que são como tu mesmo”.
E conclui: “Agora, vem, e segue-me...”
Jesus não bota o amor de castigo, parado no ponto e na esquina da negação, frizado na vitrine do espetáculo da fraqueza, preso para sempre aos seus próprios pecados.
Jesus sabe que a cura para a traição e a fraqueza só acontece no Caminho, enquanto se O segue, e no chão da vida, onde o amor terá a chance de ser amor, e não negação.
Trai-se na vida; ama-se na Vida. Nega-se na vida; se é curado na Vida. Somente na vida o que é, é; e pode se manifestar!
Sem que seja assim o que resta é deixar Pedro em Tiberíades para sempre, envolto nas malhas de suas angústias, pescando os peixes que fogem dele, existindo numa seqüência de dias que já lhe são o próprio inferno.
Nossa salvação é uma só: O Senhor sabe todas as coisas, e quem sabe que ama apesar de... não tem outra chance se não confiar no que Jesus sabe em nós e acerca de nós, pois se o que há em nós é verdade, Ele em nós aproveitará toda verdade de amor para o nosso próprio bem.
Confie. Ele conhece você!

Caio


Fonte: http://www.caiofabi o.net/2009/ conteudo. asp?codigo= 02771&format=si

A tal da Felicidade

Já dizia o autor:

"Ser feliz não é ter uma vida perfeita,
É usar os erros para ser sábio e aprender a caminhar,
Ser feliz é agradecer a Deus pela vida,
Ser feliz é ouvir sua voz dizendo nunca desista."


Diante dessas palavras eu fico a imaginar o que seria Felicidade, e fico a observar que as pessoas que dizem que mais a buscam são as que se dizem mais infelizes.

Será que existe a tal "Felicidade plena"?
E pra você, o que seria Felicidade?
Não vou cometer a imaturidade de achar um novo significado para a palavra, sei que passaria longe. Meu intuito é apenas nos fazer pensar onde realmente temos buscado-a, porque temos buscado-a e se temos encontrado-a.
Será que as pessoas buscam a Felicidade porque são infelizes ou será que são infelizes pois se preocupam somente em buscar a felicidade?

É uma pergunta a se fazer, na vedade não é uma afirmação, é algo que passou pela minha cabeça. O fato da felicidade ter sido colocada em objetivos, coisas e pessoas faz dela muitas veses algo distante da nossa realidade, quando nenhum significado da palavra impõe que ela seja algo "a se conseguir".
A felicidade tem sido cada dia algo mais condicional, serei feliz "se eu for", "se eu tiver", "se eu estiver"... e nisso encontramos o maior índice de suicídio nos países com o maior PIB do mundo. É talvez eles não tenham encontrado-a nas condições que colocaram...

Talvez a Felicidade esteja mais perto do que nós imaginamos, esteja em tudo que já temos, e que precisamos apenas olhar com outra lente, a lente de Deus.
"diante dele até a tristeza salta de prazer." (Jó 41:22)
Talvez essa seja a resposta que muitas pessoas temem ouvir, que a Felicidade depende delas. Isso poderia tornar tudo mais fácil, mas pra alguns é mais difícil, pois já estavam acostumados a colocar a responsabilidade nos outros.
Porque eu não sou Feliz?? Porque Deus e a vida não é justa comigo, é uma ótima resposta pra quem não quer mudar a situação.
Eu fico com a resposta que me parece mais real diante da realidade.Não somos felizes quando não nos satisfazemos com o que temos, quando não levamos as circunstâncias, mas deixamos as circuntâncias nos levar...
Sobre Felicidade?? O único significado que consigo dar é o que ela é na minha vida...
Felicidade é o Amor por nós mesmos, (mas pra mim nós nunca teríamos a capacidade de amar verdadeiramente se Ele não nos amasse primeiro, pois ACREDITO que Deus é Amor 1Jo:9)..
Amar a Si mesmo e Amar o próximo. Sim, esse é o primeiro dos mandamentos.. nesse acredito e muito.
Eu talvez não tenha as respostas que você queira, algo filosófico e fora do teocentrismo.. já tive, mas enquanto procurei essa resposta em outros eu nunca pude encontrar a realidade da Felicidade...
Foi quando Ele veio, e eu resolvir aceitar e ser transformado por esse amor, aí digo que hoje posso não saber explicar, mas eu vivo com toda intensidade a palavra FELICIDADE!!! pois mesmo em meios as dores sei que sou resgatado pelo REI dos Reis, e isso é suficiente!!!
Jaqueline Graziela

Tempo de colheita


Linda a árvore ao lado né??
Incrível como nos precipitamos e esquecemos que para ela chegar aí teve um longo processo: Plantar, regar, esperar um longo tempo de crescimento, para só então ver os frutos e gerar novas sementes.

Como tantas vezes nos esquecemos o quanto todo o processo é necessário.
"Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;"(Ec 3:1) Tanto na vida pessoal, quanto na profissional e no ministério que o Senhor tem pra nós. Sempre precisa haver um início mais discreto, uma plantação, onde na maioria das vezes não há beleza, não há recompensa, não há contemplação. Temos somente que trabalhar duro e esperar, regar sempre que necessário, observar e tentar suprir as necessidades da plantação.

Mas na maioria das vezes queremos ver os frutos desde aí, antes mesmo do crescimento da planta, antes mesmo que suas raízes estejam firmes e chegue o tempo da colheita.
Algumas plantas até frutificam antes do tempo, mas esses frutos nunca são tão saborosos quanto os da época.
"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu."(Ec 3:1)Hahhh como essa lição é difícil de aprender, mas o Senhor com certeza ver além de nós, ver que se nos dedicarmos a plantação a colheita será gloriosa. “O que o homem plantar isso também colherá"(Gl 6:7).Feito o trabalho duro da plantação, agora é a hora de esperar o crescimento. E não podemos esquecer que quem dá o crescimento é ELE (1CO 3:7).
Crescimento é algo demorado, quanto maior uma árvore deseja ficar, mais paciência ela precisa ter com o seu crescimento, uma das maiores espécies do mundo a sequoia mede em média 85m (equivalente a um prédio de 27 andares) leva em torno de 2.000 anos para alcançar a fase adulta.
Muito tempo? Não! O tempo necessário.


Só depois desse tempo a árvore estará firmada, suas raízes estarão prontas para sustentá-la e chegará o tempo de dar frutos, essa é uma linda fase, e necessária também pois o Senhor diz que a “árvore que não der fruto é cortada” (Jo 15:2)A época da colheita é sempre a mais esperada, mas as vezes por não conseguimos contemplar os frutos desistimos de plantar, e isso é fatal. Uma plantação abortada ou adubo mal cultivado prejudica todo o futuro de uma plantação.

O que você tem feito com as sementes que o Senhor tem te dado?
Te desejo vigor nessa jornada, e uma boa colheita!!