Depois de tanto tempo sem escrever aqui venho compartilhar um pouco de quanto tenho aprendido com a leitura do ultimo livro. Tenho tido muito o que compartilhar mas o tempo é pouco..
Mas achei de extrema importância compartilhar um mínimo de algumas coisas práticas que tem me confrontado com o Livro: "Tomando decisões Segundo a Vontade de Deus".
O livro gira em torno do grande assunto que tornamos um enigma: A Vontade de Deus para minha vida!! Ele nos da diretrizes para agir nas áreas onde não podemos ou devemos nos agarrar em profecias ou revelações, e nem temos respostas claras na bíblia. Quando um assunto tem a ver com o que a palavra não dá uma diretriz clara a os conselheiros divergem quanto a que decisões devemos tomar. O que fazer?!?
Esse post não tem a intenção de resumir o livro pois suas reflexões são de extrema importância e eu não tiraria nenhuma página sequer, mas os pontos que eu listo abaixo são aqueles práticos que eu pretendo carregar para toda a vida e que aconselho a todos os meus amigos cristãos a meditarem neles, tais perguntas são apenas ilustrações e como aplicar a palavra em assuntos diferentes tirando fundamentos básicos.
"A primeira pergunta que podemos levantar deve ser, é lícito? (1 Co 6:12; 10;23). Paulo proibira aos coríntios a participação em festivais religiosos pagãos, onde o crente se faria participante da idolatria (1 Co 10: 14-22). Qualquer decisão precisa, primeiramente, passar pelo crivo da moralidade. Se algo é lícito, imoral, então não pode ser uma opção viável para os cristãos. Lembro-me de ouvir cristãos empolgados por trabalhar nos EUA, que se iludiam (ou apenas se faziam de ingênuos) com o fato de terem recebido visto por 10 anos. Acontece que o visto era válido apenas para múltiplas viagens curtas no prazo de 10 anos, não para permanência contínua. Portanto, era ilícito permanecer no país com o fim de levantar recursos financeiros, por mais nobre que fosse a causa. (ex: ajudar a família).
A segunda pergunta deve ser é benéfico para mim? Isto é, mesmo sendo lícito, convém? Edifica? (1 Co 6:12; 10:23). Há certas coisas que não são erradas, mas que não edificam. Lembro-me de um amigo pastor que fazia o seu mestrado nos EUA, e se destacava a tal ponto, que seus professores e eu também o encorajávamos a prosseguir os seus estudos, indo para o doutorado. Sua resposta me impactou profundamente. Ele decidiu voltar para o Brasil logo após o término do mestrado porque sentia muita falta de pastorear uma igreja local. Meu amigo entendera que aquilo que edifica tem prioridade sobre a oportunidade 'imperdível'.
A terceira pergunta deve ser é escravizante? (1 Co 6:12b). Qualquer coisa lícita que venha a nos escravizar (trabalho, estudo, família) toma o lugar de Deus. É muito comum presenciar brasileiros que apostam suas vidas no sonho americano, e acabam se tornando escravos do trabalho. Tinham jornadas muito mais longas do que qualquer emprego no Brasil e não tinham tempo para uma vida tranquila. O lícito se tornara escravizante.
A quarta pergunta extraída das passagens deve ser é útil para as outras pessoas? (1 Co 10:24, 28-29, 32-33). Paulo estava explicando que não pecava aquele que comia carne sacrificada a ídolo, mas cuja consciência não o acusava (1 Co 10:25,26). Se, porém, estivesse diante de pessoas para as quais comer seria causa de tropeço, então não deveria fazê-lo. Presenciei muitos alunos internacionais deixando esposas e filhos para trás, com o propósito de obterem uma grau de escola americana conceituada. Tal atitude não poderia ser considerada meramente "cultural", como se fosse neutra. Afinal, o apóstolo proíbe o delongado afastamento de marido e mulher (1 Co 7:5). Portanto, a decisão de estudar nos EUA só seria correta, se fosse abençoadora para as pessoas ao nosso redor.
A quinta e última pergunta seria Glorifica ao Senhor? (1 Co 10:31). Essa pergunta, aparentemente genérica, ensina-nos a colocar as nossas motivações no devido lugar. Será que tomamos tal decisões porque honra ao Senhor? Lembro-me com muita alegria de conhecer pessoas que estavam buscando o seu grau no exterior, com a disposição de serem enviados para outra nação quando terminassem; queriam ser missionários na área da educação teológica. Isto é, não buscavam prestígio, mas ferramentas de serviço. E queriam estar aonde fossem últeis."
Que o nosso alvo como Cristão seja glorificar ao Senhor em cada decisão, e entender que nem sempre um anjo vai descer do céu e nos dá uma resposta correta do que fazer, mas a palavra de Deus e a sabedoria alcançada através do Espírito Santo deve nos guiar para o caminho mais correto.
Jaqueline Graziela