Abrãao Amigo de Deus


"Deus tinha pedido a Abraão a coisa mais preciosa em sua vida…não era Isaque que Deus queria, mas Abraão"

J. Oswald Sanders

Sim, as promessas de Deus muitas vezes parecem loucas!
Refletindo um pouco sobre Abrãao eu chego a achar que ele não deveria ter sido só conhecido como o
"pai da fé", mas antes disso ele podia ser conhecido como o "pai das promessas".

A história do patriarca do povo escolhido é cheia de encontros e promessas divinas. Primeiro o
"sai da tua terra e da tua parentela para uma terra que eu te mostrarei" (Gn 12:1-3), e desde então o primeiro ato de fé: "Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito" (Gn 12:4). Abrãao obedeceu a ordem sem saber o seu destino, ele não tinha segurança alguma de onde iria, mas ele só confiou que O Deus do universo havia prometido e se responsabilizaria.
E Deus continuou prometendo; prometeu que sua descendência seria como o pó da terra
(Gn 13:16) e como as estrelas do céu (Gn 15:5) e ainda mais, Deus prometeu que essa descendência vinha através de Sara, sua esposa estéril (Gn 17:16) para mais uma vez provar o coração de Abrãao em crer contra o impossível.

Mas, diante de todos os relatos de Abrãao um me intriga mais: O pedido de Deus para sacrificar Isaque. O seu pedido não foi o que podemos chamar de cuidadoso, amoroso e delicado, pelo contrário, Deus fazia questão de lembrá-lo que era
"o teu único filho, Isaque, a quem amas" (Gn 22:2).
Foi uma ordem! Apenas uma ordem. Deus não disse a Abrãao o que Ele iria fazer depois; Ele não disse o porque e SE estava o castigando, nem ao menos disse se no final tudo ia ficar bem. Ele não deu nenhuma explicação,
Ele só deu uma ordem.
E Abrãao obedeceu (Gn 22:3).
Eu imagino o que deve ter passado na cabeça de Abrãao naquele momento. Você já parou pra pensar que Deus estava mandando Abrãao matar a "fonte da realização das promessas"?!? Isso concerteza passaria na cabeça da maioria de nós. O desespero toma conta nessas horas, quantos até pensam (mesmo que não tenham coragem pra falar) mas que Deus ruim é esse que me pede para sacrificar o meu em mais valioso?

A diferença é que Abrãao era amigo de Deus (Tg 2:23), ele tinha convicção do que Deus o prometera anteriormente, ele sabia que tinha sido o Senhor que tinha feito as promessas anteriores e que Ele não dependia nem de Isaque para cumprir essas promessas. Confiava que somente Deus era a "fonte das promessas". Ele não precisou de mais explicações, ele tinha convicções: "e havendo adorado, tornaremos a vós..." (Gn 22:5).
Abrãao sabia que mesmo que Deus não o explicasse o porque tudo aquilo, Ele não tinha deixado de estar no controle, e que ainda que ele não entendesse nada, tudo que sabia era que: "Deus Proverá" (Gn 22:1, 11).

O final da história todos sabemos, e o porque Deus o pediu também. Muito além de só "provar a fé de Abrãao", Deus com aquela história estava apontando para O Cordeiro prometido (Jo 1:36/ Jo 1:29)- Jesus!
Mas e Abrãao??? Abrãao talvez nunca tenha sido explicado do porque ter sido colocado em tão grande prova. A narrativa começa com uma ordem de Deus, mostra a obediência do homem e se encerra com as consequencias daquela obediência, a provisão de Deus.
Não há mais explicações, há um aprendizado deixado pra nós. Se Abrãao teve conflitos com a nova ordem?? Eu acredito que todos. Medo?? Talvez muitos, mas ele "creu e isso lhe foi imputado por justiça" (Rm 4:3). Ele não deixou que nenhuma outra voz gritasse mais alto do que a voz das promessas de Deus, ele apenas creu que o Senhor prometera desde o início.

Se Ele disse vai se cumprir. Se as ordens, as circunstâncias e até a própria voz de Deus parecer que as promessas foram abortadas, a nossa única saída é CRER. Mesmo sem entender, CRER e respondê-lo dizendo:

"Eis-me aqui!" e "Deus proverá!"

Jaqueline Graziela

Princípios para o Crescimento Espiritual

Voltando a escrever um pouco sobre bons livros que tenho lido.
Tenho estado em dívida com esse espaço diante de tanta coisa boa que tenho lido nesse período. Mas aos poucos vou tentando escrever algumas coisas aqui que tem me marcado nos ultimos meses.

O livro da vez é Princípios para O Crescimento Espiritual, do Autor Miles Stanford da Editora Verdade Bíblica. É um livro simples, de capítulos curtos mas que vai devendando os confrontos e dificuldades que temos durante a nossa caminhada Cristã e que muitas vezes pausam o nosso crescimento.

"Leva tempo para conhecer-se a si mesmo. Leva tempo e a eternidade para se conhecer a Cristo."

Muitas coisas me marcaram na leitura deste livro, mas resolvi postar aqui uma parte dos capítulos que li quando mais estava precisando entender as verdades contidas nele. O Capítulo fala da nossa constante guerra contra o nosso "eu", e de quanto muitas vezes nos sentimos vencidos por ele. Eis que eu tenho boas novas para você:

"Começam (os cristãos) a conhecer algo da experiência que Paulo descreve graficamente: 'pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.' (Rm 7:15), e em consequência sentem que o alicerce de sua vida espiritual ruiu; e talvez então o Diabo lhes sussurre que de nada adianta seguir em frente, porque jamais poderão alcançar o objetivo que têm proposto. Nem se dão conta de quão saudável é essa condição, e que essa descoberta pertubadora não é senão o prelúdio de uma magnífica série de outras descobertas de coisas que Deus há designado especialmente para o seu enriquecimento eterno. Por toda a vida Deus tem nos mostrado nossa absoluta pecaminosidade e necessidade, antes que Ele possa guiar-nos ao reino da graça, no qual veremos a sua glória.
A revelação do 'eu' precede a revelação divina - esse é um princípio tanto para o novo nascimento como para o crescimento espiritual. O crente que atravessa o conflito e fracasso é o cristão que está sendo cuidadosa e amorosamente controlado pelo Senhor de uma maneira muito pessoal. Ele está sendo levado através da experiência (que dura anos) da revelação do 'eu' e da morte, à única base sobre a qual podemos 'conhecer o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte.' (Fp 3:10)
Deus trabalha de forma paradoxa. O sucesso vem através do fracasso; a vida brota da morte e assim por diante. O único elemento da vida do crente que se desmorona é aquele que de todas as maneiras tem que desaparecer - a nova vida nunca pode ser prejudicada ou afetada. Essa desintegração é algo que o crente não pode começar e elaborar por si mesmo - o 'eu' nunca deixará a si mesmo. Ele tem que ser conduzido a isso pela misericórdia do Espírito Santo - ao fracasso, despresível e total."
Miles Stanford
Livro: Princípios para o Crescimento Espiritual (pág 72,73)


Hahh tenho classificados minhas leituras também na rede social Skoob, é uma ótima rede para os que gostam de trocar informações literárias. Aos que vivem me pedindo dicas de livro lá tem os meus favoritos e todos os que eu li classificados por estrela, quem quiser pode me adicionar para trocarmos "figurinha"!

Deus abençoe,
Jaqueline Graziela